Substância(s) Zidovudina
Admissão Portugal
Produtor Cipan - Companhia Industrial Produtora de Antibióticos, S.A.
Narcótica Não
Código ATC J05AF01
Grupo farmacológico Antivirais de ação direta

Titular da autorização

Cipan - Companhia Industrial Produtora de Antibióticos, S.A.

Medicamentos com o mesmo princípio activo

Medicamento Substância(s) Titular da autorização
Retrovir Zidovudina ViiV Healthcare BV
Azidina IV Zidovudina Cipan - Companhia Industrial Produtora de Antibióticos, S.A.
Trizivir 300 mg/150 mg/300 mg comprimidos revestidos por película Lamivudine Zidovudina ViiV Healthcare BV
Zidovudina Aurobindo Zidovudina Generis Farmacêutica
Zidovudina Combino Zidovudina Combino Pharm Portugal, Unipessoal, Lda.

Folheto

O que é e como se utiliza?

AZIDINA é um antivírico (1.3.1.3). As cápsulas de AZIDINA estão indicadas em associação com

outros fármacos antiretrovíricos (excepto quando utilizadas na grávida) para tratamento da infecção pelo

Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) em adultos e crianças.

AZIDINA está indicada em monoterapia na mulher grávida VIH-positiva (com mais de 14 semanas de

gestação) e respectivo recém-nascido, na prevenção primária da transmissão materno-fetal do VIH-1.

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O que se deve tomar em consideração antes de utilizá-lo?

Não tome AZIDINA:

As cápsulas de AZIDINA estão contra-indicadas em:


  • - doentes com hipersensibilidade conhecida à Zidovudina ou a qualquer um dos excipientes

  • - doentes com número de neutrófilos anormalmente baixo (inferior a

0,75 x 10
9/l) ou níveis de hemoglobina anormalmente baixos (inferiores a 7,5g/dl ou 4,65mmol/l)

  • - recém-nascidos com hiperbilirrubinémia a requererem outros tratamentos que não a fototerapia, ou com níveis de transaminases cinco vezes superiores ao limite máximo normal

Tome especial cuidado com AZIDINA:

AZIDINA não é uma cura para a infecção VIH, pelo que os doentes continuarão em risco de desenvolvimento de doenças associadas à imunossupressão, incluindo infecções oportunistas, e neoplasmas. Embora esteja demonstrada uma diminuição do risco de infecções oportunistas, a informação sobre o desenvolvimento de neoplasmas, incluindo linfomas, é limitada. Segundo dados disponíveis em doentes em tratamento para infecção VIH avançada, o risco de desenvolvimento de linfoma nestes doentes é semelhante ao observado em doentes não tratados. Desconhece-se o risco de desenvolvimento de linfoma em doentes com infecção VIH precoce sujeitos a tratamento a longo prazo. AZIDINA deve ser administrada sob vigilância de um médico com experiência no tratamento de doentes com infecção VIH ou SIDA. Um tratamento apropriado requer acesso a condições adequadas, por ex. para monitorização hematológica, incluindo determinação da carga vírica e contagem dos linfócitos CD4+, e para transfusões sanguíneas, se necessário.
Nalguns doentes com infecção pelo VIH em estado avançado e com história clínica de infecções oportunistas, podem surgir, num curto espaço de tempo após o início do tratamento anti ? VIH, sinais e sintomas de inflamações originados por infecções anteriores. Pensa-se que estes sintomas ocorrem devido a uma melhoria na resposta imunológica, pela capacidade do corpo reagir a infecções que possam ter estado presentes sem apresentarem sintomas. Se se aperceber de algum sintoma ou infecção, por favor contacte de imediato o seu médico.


Reacções adversas hematológicas

Nos doentes em tratamento com AZIDINA pode ocorrer anemia (geralmente não observada antes de 6 semanas de terapêutica, podendo ocasionalmente ocorrer mais cedo), neutropenia (geralmente não observada antes de 4 semanas de terapêutica, podendo ocasionalmente ocorrer mais cedo) e leucopenia (geralmente secundária à neutropenia). Estas reacções observam-se mais frequentemente com as doses mais elevadas (1200-1500mg por dia, por via oral) e nos doentes com compromisso da medula óssea prévio ao início do tratamento, particularmente com infecção VIH avançada. Os parâmetros hematológicos devem ser cuidadosamente monitorizados. Em doentes com infecção VIH avançada sintomática, recomenda-se a realização de análises sanguíneas pelo menos de 2 em 2 semanas durante os primeiro três meses de terapêutica e pelo menos mensalmente, findo este período. Em doentes com infecção VIH precoce (reserva da medula óssea geralmente boa), as reacções hematológicas adversas são pouco frequentes. Dependendo do estado geral do doente, os exames sanguíneos poderão ser efectuados com menos frequência, por ex. de mês a mês ou de 3 em 3 meses. Caso as concentrações de hemoglobina desçam para valores entre 7,5g/dl (4,65mmol/l) e 9g/dl (5,59mmol/l), ou caso o número de neutrófilos desça para valores entre 0,75 x 109/l e 1,0 x 109/l, pode reduzir-se a posologia diária até evidência de recuperação da medula óssea; alternativamente, pode proceder-se a uma breve interrupção (2-4 semanas) do tratamento com AZIDINA para melhor recuperação. A recuperação da medula óssea ocorre usualmente em 2 semanas, após o que se pode recomeçar o tratamento com AZIDINA em doses baixas. Em doentes com anemia significativa, os ajustes da dose podem não eliminar a necessidade de transfusões (Ver: Não tome AZIDINA).


Acidose láctica

Foram relatados casos de acidose láctica normalmente associados a hepatomegália grave e esteatose hepática, com a utilização de análogos de nucleósidos. Os sintomas iniciais (hiperlactacidemia sintomática) incluem sintomas digestivos benignos (náuseas, vómitos e dor abdominal), mal-estar não específico, perdas de peso e apetite, sintomas respiratórios (respiração rápida e/ou profunda) ou sintomas neurológicos (incluindo fraqueza motora). A acidose láctica conduz a uma elevada taxa de mortalidade e pode estar associada a pancreatite, falência hepática ou falência renal. A acidose láctica ocorreu após alguns ou vários meses de tratamento. O tratamento com análogos de nucleósidos deve ser interrompido em caso de hiperlactacidemia sintomática e acidose láctica/metabólica, hepatomegália progressiva ou

aumento rápido dos níveis de transaminases. Deve tomar-se precaução na administração de análogos de nucleósidos a qualquer doente (particularmente em mulheres obesas) com hepatomegália, hepatite ou outros factores de risco conhecidos de doença hepática e esteatose hepática (incluindo alguns medicamentos e álcool). Os doentes co-infectados com hepatite C e tratados com interferão alfa e ribavirina podem apresentar uma situação de risco acrescido para o desenvolvimento de acidose láctica. Os doentes com risco aumentado devem ser cuidadosamente observados.


Lipodistrofia

A terapêutica antiretroviral combinada tem sido associada a uma redistribuição da acumulação de gordura (lipodistrofia) em doentes com VIH. As consequências a longo destes efeitos são desconhecidas. Tem sido colocada a hipótese de uma interligação entre a lipomatose visceral e os Inibidores da Protease (IP) e a lipoatrofia e os Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleósido (ITRN). Um risco acrescido de lipodistrofia tem sido associado a factores individuais, tais como a idade avançada, e a factores relacionados com o medicamento como o tratamento prolongado com a terapêutica antiretroviral e distúrbios metabólicos associados. O conhecimento sobre o mecanismo destes efeitos metabólicos é, actualmente, incompleto. A avaliação clínica deverá incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição da gordura.
Deve ter-se em consideração a determinação dos lípidos séricos e da glicémia em jejum. As alterações lipídicas deverão ser clinicamente encaminhadas de modo apropriado (Ver: Efeitos secundários possíveis). As possíveis consequências a longo prazo da terapêutica antiretroviral de associação, tal como

  • risco acrescido de doença cardiovascular, não podem ser excluídos.

Os doentes deverão ser alertados relativamente à administração concomitante de medicamentos de automedicação (
Ver: Tomar AZIDINA
com

outros medicamentos).

Os doentes deverão ter conhecimento de que o tratamento com Zidovudina não demonstrou prevenir o risco de transmissão do VIH a outros indivíduos por contacto sexual ou transmissão sanguínea.


Utilização no idoso e em doentes com insuficiência renal ou hepática

(Ver: Como tomar AZIDINA)

Gravidez:

Caso esteja grávida ou planeie engravidar, deverá contactar o seu médico para discutir os potenciais efeitos adversos, assim como os benefícios e riscos inerentes à terapêutica antiretroviral quer para si quer para a sua criança.
Se está a tomar AZIDINA durante a gravidez, o seu médico poderá prescrever consultas regulares para monitorizar o desenvolvimento do seu feto. As consultas poderão incluir exames ao sangue e outros testes de diagnóstico.
Nas crianças, cujas mulheres tomaram análogos dos nucleósidos e nucleótidos durante a gravidez, os benefícios da redução da possibilidade de serem infectadas com VIH são superiores ao riscos de sofrerem efeitos indesejáveis.


A utilização de Zidovudina na grávida após 14 semanas de gestação,

com tratamento subsequente dos seus recém-nascidos, mostrou reduzir

significativamente a taxa de transmissão materno-fetal do VIH, com

base em culturas víricas de isolados de crianças. A decisão de efectuar

tratamento para diminuir o risco de transmissão materno-fetal do VIH

deve basear-se na relação entre os potenciais benefícios e riscos. As

grávidas que considerem a utilização de AZIDINA durante a gravidez para

prevenção da transmissão do VIH aos seus filhos deverão ser alertadas de que a transmissão poderá

ocorrer nalguns casos, apesar da terapêutica. Não é conhecida a eficácia da Zidovudina na redução da

transmissão materno-fetal em mulheres com tratamento prolongado prévio com Zidovudina, ou com

outros antiretrovíricos, ou em mulheres infectadas com estirpes VIH de sensibilidade reduzida à

Zidovudina.

Aleitamento:

Alguns especialistas em saúde recomendam que as mulheres infectadas pelo VIH não amamentem os

seus filhos, de modo a evitar a transmissão do vírus. Após administração de uma dose única de 200mg de

Zidovudina a mulheres com infecção VIH, foram detectadas concentrações médias de Zidovudina

semelhantes no leite e no soro. Deste modo, considerando que tanto o fármaco como o vírus são

excretados no leite materno, recomenda-se que as mulheres em tratamento com AZIDINA não

amamentem os seus filhos.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas:

Apesar de não ser previsível um efeito prejudicial sobre estas actividades, com base na farmacologia da

Zidovudina, dever-se-á ter em conta o estado clínico do doente e o perfil de efeitos adversos da

Zidovudina quando se considerar a capacidade do doente para conduzir e utilizar máquinas.

Tomar AZIDINA com outros medicamentos:

Os fármacos eliminados principalmente por metabolismo hepático, especialmente por glucuronidação, terão potencial para inibir o metabolismo da Zidovudina. As interacções citadas em seguida não deverão ser consideradas exaustivas, mas representativas das classes de fármacos que devem ser administrados com precaução.
Informação limitada sugere que a administração de Zidovudina com rifampicina diminui a AUC da Zidovudina em 48% ± 34%, desconhecendo-se, no entanto, o significado clínico desta ocorrência. Informação limitada sugere que o probenecide aumenta o tempo de semi-vida médio e a área sob a curva da concentração plasmática da Zidovudina, por diminuição da glucuronidação. A excreção renal do glucuronido (e possivelmente da própria Zidovudina) é diminuída na presença de probenecide. Observou-se um ligeiro aumento da Cmax(28%) da Zidovudina quando administrada com lamivudina; no entanto, a exposição total (AUC) não foi significativamente alterada. A Zidovudina não altera a farmacocinética da lamivudina.
Em alguns doentes em tratamento com Zidovudina foram relatados níveis sanguíneos de fenitoína baixos, tendo sido relatado um caso de níveis sanguíneos elevados. Estas observações sugerem que os níveis de fenitoína devem ser cuidadosamente monitorizados nos doentes em tratamento com ambos os fármacos. Foi observada uma diminuição na clearance oral da Zidovudina, com aumento de 35% ± 23% na AUC da Zidovudina plasmática, após administração concomitante com atovaquona. A informação disponível é limitada, desconhecendo-se o significado clínico desta observação.
Foi observado um aumento da AUC da Zidovudina, com correspondente diminuição da clearance, quando em administração concomitante com ácido valpróico, fluconazol ou metadona. Dado que a informação disponível é limitada, o significado clínico desta observação não está esclarecido. No entanto, se a Zidovudina for administrada concomitantemente com ácido valpróico, fluconazol ou metadona, o doente deverá ser cuidadosamente monitorizado quanto a potencial toxicidade.
Outros fármacos, incluindo mas não limitados a, aspirina, codeína, morfina, indometacina, cetoprofeno, naproxeno, oxazepam, lorazepam, cimetidina, clofibrato, dapsona e isoprinosina podem alterar o metabolismo da Zidovudina por inibição competitiva da glucuronidação ou por inibição directa do metabolismo microssomal hepático. Deverá considerar-se a possibilidade de interacções medicamentosas antes de utilizar tais fármacos em associação com AZIDINA, especialmente em caso de terapêutica crónica.
A associação de Zidovudina com ribavirina ou estavudina mostrou antagonismo in vitro, devendo, portanto, evitar-se a utilização concomitante de qualquer destes fármacos com AZIDINA. O risco de reacções adversas a AZIDINA pode também aumentar na terapêutica concomitante, especialmente terapêutica aguda, com fármacos potencialmente nefrotóxicos ou mielodepressores (p. ex. pentamidina sistémica, dapsona, pirimetamina, cotrimaxazol, anfotericina, flucitosina, ganciclovir,

interferão, vincristina, vimblastina e doxorrubicina). Caso seja necessária terapêutica concomitante com qualquer destes fármacos, recomenda-se cuidadosa monitorização da função renal e dos parâmetros hematológicos e, se necessário, redução da dose de um ou mais destes fármacos.
Dado que alguns doentes em tratamento com AZIDINA podem continuar a desenvolver infecções oportunistas, poderá ser necessário considerar terapêutica antimicrobiana profiláctica concomitante. Esta profilaxia tem incluído, cotrimoxazol, pentamidina nebulizada, pirimetamina e aciclovir. Informação limitada não sugere um aumento significativo do risco de reacções adversas à Zidovudina pela utilização destes fármacos.

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

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Como é utilizado?

Tomar AZIDINA sempre de acordo com as instruções do médico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Posologia/Frequência da administração:



Adultos

A dose usualmente recomendada de

AZIDINA
, em associação com outros fármacos antiretrovíricos, é de

500mg ou 600mg por dia, divididos em duas ou três tomas. Não foi provada a eficácia de doses inferiores

a 1.000mg por dia no tratamento ou prevenção das disfunções neurológicas associadas à infecção VIH.


Crianças


3 meses ? 12 anos:
A dose recomendada de AZIDINA é de 360 a 480mg/m2por dia, divididos em 3 ou 4 tomas, em associação com outros fármacos antiretrovíricos. Desconhece-se a eficácia de doses inferiores a 720mg/m2por dia (180mg/m2 de 6 em 6 horas) no tratamento ou prevenção das disfunções neurológicas associadas à infecção VIH. A dose máxima não deve exceder 200mg em cada 6 horas.

< 3 meses:
A informação disponível é limitada e insuficiente para recomendar posologia específica (Ver: Prevenção transmissão materno-fetal).


Posologia na prevenção da transmissão materno-fetal

Apesar de não estar ainda estabelecida a posologia óptima, o seguinte regime posológico demonstrou ser eficaz:
Grávida com mais de 14 semanas de gestação:

500mg por dia (100mg, 5 vezes por dia) por via oral, até início do trabalho de parto. Durante o trabalho de parto e parto, deve administrar-se AZIDINA a 2mg/kg de peso corporal por via intravenosa durante 1 hora, seguido de perfusão intravenosa contínua de 1mg/kg/h até ao corte do cordão umbilical.

Recém-nascido:
2mg/kg de peso corporal por via oral, de 6 a 6 horas, com início até 12 horas após o parto, mantendo até às 6 semanas de vida. A recém-nascidos com impossibilidade de administração oral, deve administrar-se AZIDINA a 1,5mg/kg de peso corporal por perfusão intravenosa, durante 30 minutos, de 6 em 6 horas.

Em caso de cesariana electiva, a perfusão deve ser iniciada 4 horas antes da cirurgia.

Em caso de falso sinal de parto, a perfusão de AZIDINA deve ser interrompida e reiniciada a administração por via oral.


Ajuste da dose em doentes com reacções adversas hematológicas

Poderá ser necessário reduzir a dose ou interromper o tratamento com AZIDINA, em doentes cujos níveis de hemoglobina desçam para valores compreendidos entre 7,5g/dl (4,65mmol/l) a 9g/dl (5,59mmol/l), ou cujo número de neutrófilos desça para valores entre 0,75 x 109/l e 1,0 x 109/l (Ver: Não tome AZIDINA e Tome especial cuidado com AZIDINA).


Posologia no idoso

A farmacocinética da Zidovudina não foi estudada em doentes com idade superior a 65 anos, não estando disponível informação específica. No entanto, uma vez que se recomenda atenção especial neste grupo etário devido a alterações relacionadas com a idade, tais como diminuição da função renal e alterações nos parâmetros hematológicos, é aconselhável a monitorização apropriada destes doentes, antes e durante a utilização de AZIDINA.


Posologia na insuficiência renal

Em doentes com insuficiência renal grave, a clearance aparente da Zidovudina após administração oral foi aproximadamente 50% da relatada em indivíduos saudáveis com função renal normal. Deste modo, recomenda-se redução da dose para 300-400mg por dia em doentes com insuficiência renal grave com clearance da creatinina = 10ml/min. Os parâmetros hematológicos e a resposta clínica poderão indicar necessidade de subsequente ajuste da dose. A hemodiálise e a diálise peritoneal não têm efeito significativo na eliminação da Zidovudina mas aumentam a eliminação do metabolito glucuronado.


Posologia na insuficiência hepática

A informação obtida em doentes com cirrose, sugere que poderá ocorrer acumulação da Zidovudina em doentes com insuficiência hepática devido à diminuição da glucuronidação. Poderão ser necessários ajustes da dose; no entanto, a informação disponível não permite ainda uma recomendação precisa. Se não for possível a monitorização dos níveis plasmáticos de Zidovudina, deve proceder-se a monitorização clínica relativamente a sinais de intolerância e ajustar a dose e/ou aumentar o intervalo entre as doses, conforme apropriado.

Modo e via de administração:
AZIDINA
cápsulas para administração oral.

Caso se tenha esquecido de tomar AZIDINA:

Em caso de omissão de uma dose, tomar o medicamento assim que possível; não fazê-lo caso esteja próxima a hora da dose seguinte; não tomar uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu.

Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar:



Sinais e sintomas
: Além dos efeitos adversos já referidos, tais como fadiga, cefaleias, vómitos e relatos ocasionais de alterações hematológicas, não foram identificados sintomas ou sinais específicos após sobredosagem aguda com Zidovudina. Foi relatado um caso de ingestão não especificada de Zidovudina, com níveis sanguíneos consistentes com sobredosagem superior à ingestão de 17g, em que não foram identificadas consequências clínicas, bioquímicas ou hematológicas a curto prazo.

Tratamento
: Os doentes devem ser cuidadosamente observados em relação a evidência de toxicidade (Ver: Efeitos secundários possíveis), procedendo-se à terapêutica de suporte adequada à situação. A hemodiálise e a diálise peritoneal parecem ter um efeito limitado sobre a eliminação da Zidovudina aumentando, porém, a eliminação do metabolito glucuronado.

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Quais são os possíveis efeitos secundários?

Como os demais medicamentos, AZIDINA pode ter efeitos secundários.

O perfil de efeitos adversos parece ser semelhante em adultos e crianças. As reacções adversas mais graves incluem anemia (com eventual necessidade de transfusão), neutropenia e leucopenia. Estas

reacções foram mais frequentes com doses elevadas (1200?1500mg por dia), em doentes com infecção VIH avançada (especialmente em caso de fraca reserva da medula óssea previamente ao tratamento) e, em

particular, em doentes com contagem de CD4+ inferior a 100/mm
3
.Poderá ser necessário redução da dose ou interrupção da terapêutica (Ver: Tome especial cuidado com AZIDINA).
A incidência de neutropenia aumentou também nos doentes com número de neutrófilos, níveis de hemoglobina e níveis séricos de vitamina B12 baixos no início da terapêutica com Zidovudina.

Os seguintes efeitos adversos foram relatados em doentes tratados com Zidovudina. Podem também dever-se em parte à doença subjacente ou à administração de outros fármacos usados para o controlo da infecção VIH. É, portanto, difícil avaliar a relação entre estes eventos e o tratamento com Zidovudina, particularmente em casos de infecção VIH avançada pela sua característica complexidade clínica. No controlo dos seguintes efeitos poderá justificar-se redução da dose ou interrupção da terapêutica com AZIDINA:


Cardiovasculares
: cardiomiopatia

Tracto gastrintestinal
: náuseas, vómitos, pigmentação da mucosa oral, dor abdominal, dispepsia, anorexia, diarreia, flatulência.

Hematológicos
: anemia, neutropenia, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia com hipoplasia da medula óssea

Fígado/pâncreas
: distúrbios hepáticos, tais como hepatomegália grave com esteatose, aumento dos níveis sanguíneos das enzimas hepáticas e da bilirrubina, pancreatite

Metabólicos/endócrinos
: acidose láctica sem hipoxemia

Músculo-esqueléticos
: mialgia, miopatia

Neurológicos/psiquiátricos
: cefaleias, insónia com tonturas, parestesias, sonolência, perda de acuidade mental, convulsões, ansiedade, depressão

Tracto respiratório
: dispneia, tosse

Pele
: pigmentação da pele e unhas, rash, urticária, prurido, sudação

Outros
: Poliúria, alterações do paladar, febre, mal-estar, dor generalizada, arrepios, dor torácica, síndrome gripal, ginecomastia, astenia

A incidência de náuseas e de outros efeitos adversos frequentemente reportados diminui consistentemente durante as primeiras semanas de terapêutica com Zidovudina.


Reacções adversas à Zidovudina na prevenção da transmissão materno-fetal

Tendência para anemia ligeira a moderada geralmente antes do parto. As concentrações de hemoglobina dos lactentes tratados com Zidovudina para esta indicação terapêutica, apresentam-se ligeiramente inferiores, não sendo necessária transfusão, pois a anemia resolve-se até às 6 semanas seguintes à interrupção da terapêutica com Zidovudina. Desconhecem-se as consequências a longo prazo da

exposição à Zidovudina in utero e no lactente.

Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

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Como deve ser guardado?

Conservar a temperatura inferior a 25ºC, em lugar seco e ao abrigo da luz.

MANTER FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS.

NÃO UTILIZE AZIDINA APÓS EXPIRAR O PRAZO DE VALIDADE INDICADO NA EMBALAGEM.

Este folheto foi revisto pela última vez em Agosto de 2005.

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Narcótica Não
Código ATC J05AF01
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O conteúdo apresentado não substitui a bula original do medicamento, especialmente no que diz respeito à dosagem e efeito dos produtos individuais. Não podemos assumir qualquer responsabilidade pela exactidão dos dados, uma vez que os dados foram parcialmente convertidos automaticamente. Um médico deve ser sempre consultado para diagnósticos e outras questões de saúde. Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas aqui.